quinta-feira, 9 de maio de 2013

Alienação Parental

                  Gente, eu não costumo ver novelas(hábito que herdei da minha mãe). Além de não gostar, o horário não me permite. Porém, hoje cheguei mais cedo da Faculdade e deixei a tv ligada sem me importar com o que tava passando, como de hábito, e fui olhar meus e-mails. Alguns minutos depois, me deparo com uma cena na novela "Salve Jorge", que chamou muito a minha atenção e me deixou um tanto quanto emocionado: Uma criança que chorava muito, desesperada, porque tinha que ir embora da casa do pai, pra morar com a mãe, que acabara de ganhar sua guarda na justiça.
                   Lembrei de ter escutado algumas amigas comentarem a respeito dessa história. De que o pai, traído e abandonado pela esposa, resolve se vingar jogando a filha do casal contra a mãe. Falando mal, inventando histórias, coisas do tipo.
                   Pessoal, isso é muito grave e trás consequências terríveis para a criança. Digo mais, isso É CRIME! A alienação parental acontece quando o pai, a mãe ou quem é responsável pela criança ou adolescente tenta, de forma abusiva, afastar o filho do relacionamento com o outro genitor e sua família. A alienação parental é uma das formas mais graves de violência psicológica contra a criança e o adolescente, e precisa ser combatida. A prática de ato de alienação parental constitui abuso moral contra a criança e o adolescente e fere o direito fundamental da convivência familiar saudável. O seu filho é a maior vítima!

Ser pai

Do meu face, para o blog:

Ser pai não é só registrar a criança com seu sobrenome. Ser pai é participar de tudo que seu filho faz, ver ele nascer, acompanhá-lo nas consultas médicas, levá-lo à um parquinho, ensinar as primeiras palavras, ensiná-lo a andar e estar lá pra levantá-lo todas as vezes que ele cair. Trocas as fraldas de cocô, dar banho, ir às reuniões de colégio, dar segurança e muito, muuuuuuuuuuuuuuuuito carinho. Meus amigos, ser pai presente realmente não é fácil, nunca foi e nunca será. Mas nunca, em momento algum, mesmo quando a maré me arrasta pra longe da praia, pra longe do meu "porto seguro", eu jamais pensei em fujir, em jogar tudo pro alto e sumir do mapa. Pois pai, que é pai presente e responsável, enfrenta as dificuldades com seu pequeno sem reclamar e faz de tudo para, no final, ver um sorriso estampado no rosto de seu filho.

Futuros papais, não desistam. Difícil eu sei que é, mas sempre vale a pena ver aquele sorriso lindo em nossos filhos, no fim de tudo, e ter a certeza de que nada foi em vão.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Preconceito, inveja ou recalque?

Hoje eu tava dando uma olhada no face de uma amiga e me deparei com uma foto, que trazia uma imagem com algumas frases que insinuavam ser o pai solteiro, quando fica com a guarda dos filhos, merecedor de todos os elogios e, por outro lado, termos pejorativos para com a mãe solteira, quando esta detém a guarda e cria os filhos sozinha. Como se pro homem isso fosse uma façanha quase que impossível e, pra mulher, um castigo por não ter evitado a gravidez. Tudo culpa da imposição de uma cultura enfadonha da nossa sociedade, onde o homem "nasceu" pra ser o provedor da família, abrindo mão dos cuidados da casa e da criação dos filhos em prol do trabalho, enquanto a mulher teria(eu disse teria) que ser submissa à esse homem e assumir a ocupação "do lar". Um absurdo. Não sei se acho isso preconceito, inveja ou recalque. Hoje as coisas estão mudando, felizmente, inclusive no mundo jurídico. Há vários pais que conseguem a guarda dos filhos na justiça ou, na melhor das hipóteses, de comum acordo com a ex-mulher, como é o meu caso. Foi-se o tempo em que era líquida e certa a guarda dos filhos ficar com a mãe, embora ainda seja o que acontece na maioria dos casos. Mas as pessoas ainda não estão acostumadas a isso. Sinto na pele. Já escutei até um "tadinho", certa vez. Pode? Não quero que as pessoas sintam pena, quero que me encarem como um pai que tem o direito de cuidar da criação de seu filho, dando amor, carinho e proteção, assim como a maioria das mães o fazem. É claro que ainda temos muito o que provar pra essa sociedade machista. E somos poucos. Muito poucos. Estou me referindo à qualidade. É realmente muito raro um homem chamar pra si a responsabilidade da criação de um filho. Não falo do lado financeiro, mas do emocional. Geralmente o homem paga a pensão e vê os filhos em alguns finais de semana e tá tudo ótimo pra ele. Mas peraê... e os filhos? Eles sentem a nossa falta. Eu não conseguiria viver sem a companhia do meu amado filho e ele sentiria muito a minha ausência. Quem me conhece sabe do que eu tô falando, pois acompanha a minha história desde o nascimento do meu filho. Posso não ter sido um marido exemplar, tive minhas falhas, claro, assim como o outro lado também teve, mas sempre procurei ser um pai acima de todas as expectativas. E acho que venho sendo. Uma separação sempre é difícil, sempre tem um lado que sofre mais, que guarda rancor, que quer machucar o outro. Mas não podemos esquecer que temos um laço que vai nos unir por toda essa vida: Nossos filhos. Agradeço à Deus todos os dias pela compreensão de minha ex-mulher. Por ela ter-me permitido ficar com meu filho, sem que fosse preciso o litigio. Ela, que também sempre fora uma boa mãe. Eu e meu filho rezamos e agradecemos todas as noites, por estarmos juntos. Que assim seja, sempre!

E vem chegando o dia das mães... que meu filhote aproveite bem esse fim de semana, ao lado de sua mamãe, e que minha filhota aproveite ainda mais cada segundo que passa ao lado da sua, também. Que os dois curtam bastante essa data, criada pra homenagear alguém de suma importância em nossas vidas: Nossas mães!

Hoje eu já não tenho essa mesma sorte. Há 25 anos que o dia das mães já não faz sentido em ser comemorado por mim. Muito pelo contrário. A minha mãe faleceu exatamente no dia das mães, às 12:30 hrs de um Domingo ensolarado e festivo. É uma lembrança que ainda permanece viva em minha mente... Hospital da Beneficencia Portuguesa, Rua santo Amaro nº 80, Rio de Janeiro... a primeira informação, no Domingo de manhã, passada pelo pessoal do plantão da madrugada, era de que minha mãe registrava uma queda visível de atividade respiratória. O médico dizia improvável que ela resistisse ao Domingo. Mamãe poderia morrer a qualquer momento. A família foi chegando, foi juntando e ficando por ali. por volta de meio dia o quadro se agravou. Alguns primos estavam no pátio do Hospital e eu aproveitei pra descer e rever os que moravam em Niterói e não via muito por causa da distância. Mesmo não estando no quarto, percebia no semblante das minhas tias que, a cada momento, mamãe caminhava cada vez mais pra o destino final. Lembro que subi até o quarto sem que percebessem a minha presença e escutei uma conversa entre duas tias, irmãs de minha mãe: "Não podemos ficar nisso. É preciso dizer que o quadro é irreversível. Temos que preparar as crianças(eu e minha irmã), vai acontecer a qualquer momento". Eu não entrei no quarto... desci e continuei com meus primos no jardim do Hospital. Naquele mundo sem esperança, eu ainda acreditava. Nos reunimos no jardim, os parentes e amigos mais próximos de minha mãe. Foi um momento bonito. De mútuos consolos. Estava todo mundo quase chorando e eu fiz um testemunho, de como a gente tinha aprendido, em todos aqueles mêses que antecederam aquele momento, a admirar a garra de cada um e a luta da minha mãe contra o famigerado câncer. Foi quando uma tia vem ao meu encontro, pega em meu ombro, me leva pra um outro canto do jardim e me fala: "Filho, terminou!".  Subi as escadas correndo o mais rápido possível. Não acreditava no que havia me dito a minha tia. "Não é possível! Hoje é dia das mães!!" murmurava em meus pensamentos. Foi quando entrei no quarto, enquanto um Padre conversava com minha irmã no corredor. Ao lado do corpo da minha mãe, na cama, a rosa que eu tinha levado pra ela. Sempre dava uma rosa no dia das mães. Ela dorava. Mas essa rosa acompanhava algo diferente. Tinha feito uma cartinha dizendo o quanto a amava e dos muitos "dia das mães" que ainda passaríamos juntos. Mas ela não leu minha cartinha... não deu tempo...

Espero que todos vocês, que ainda podem passar o dia das mães com suas mães, que o façam com muito amor e carinho. Dêem atenção total pra elas. Um dia, quando vocês a procurararem pra dizer o quanto ela é importante... pode não dar tempo!

terça-feira, 7 de maio de 2013

22:00hrs e meu filhote querendo ver "The walking dead". E agora? Forçá-lo a ir pra cama na marra? Não. Nós temos que ir com jeitinho... "Tá bom, filhote. Deite aqui. Enquanto não começa a série, vou contar uma historinha pra você. Hum... Pinóquio tá bom? Ótimo. Era uma vez..." Dormiu! ;)