quarta-feira, 8 de maio de 2013

Preconceito, inveja ou recalque?

Hoje eu tava dando uma olhada no face de uma amiga e me deparei com uma foto, que trazia uma imagem com algumas frases que insinuavam ser o pai solteiro, quando fica com a guarda dos filhos, merecedor de todos os elogios e, por outro lado, termos pejorativos para com a mãe solteira, quando esta detém a guarda e cria os filhos sozinha. Como se pro homem isso fosse uma façanha quase que impossível e, pra mulher, um castigo por não ter evitado a gravidez. Tudo culpa da imposição de uma cultura enfadonha da nossa sociedade, onde o homem "nasceu" pra ser o provedor da família, abrindo mão dos cuidados da casa e da criação dos filhos em prol do trabalho, enquanto a mulher teria(eu disse teria) que ser submissa à esse homem e assumir a ocupação "do lar". Um absurdo. Não sei se acho isso preconceito, inveja ou recalque. Hoje as coisas estão mudando, felizmente, inclusive no mundo jurídico. Há vários pais que conseguem a guarda dos filhos na justiça ou, na melhor das hipóteses, de comum acordo com a ex-mulher, como é o meu caso. Foi-se o tempo em que era líquida e certa a guarda dos filhos ficar com a mãe, embora ainda seja o que acontece na maioria dos casos. Mas as pessoas ainda não estão acostumadas a isso. Sinto na pele. Já escutei até um "tadinho", certa vez. Pode? Não quero que as pessoas sintam pena, quero que me encarem como um pai que tem o direito de cuidar da criação de seu filho, dando amor, carinho e proteção, assim como a maioria das mães o fazem. É claro que ainda temos muito o que provar pra essa sociedade machista. E somos poucos. Muito poucos. Estou me referindo à qualidade. É realmente muito raro um homem chamar pra si a responsabilidade da criação de um filho. Não falo do lado financeiro, mas do emocional. Geralmente o homem paga a pensão e vê os filhos em alguns finais de semana e tá tudo ótimo pra ele. Mas peraê... e os filhos? Eles sentem a nossa falta. Eu não conseguiria viver sem a companhia do meu amado filho e ele sentiria muito a minha ausência. Quem me conhece sabe do que eu tô falando, pois acompanha a minha história desde o nascimento do meu filho. Posso não ter sido um marido exemplar, tive minhas falhas, claro, assim como o outro lado também teve, mas sempre procurei ser um pai acima de todas as expectativas. E acho que venho sendo. Uma separação sempre é difícil, sempre tem um lado que sofre mais, que guarda rancor, que quer machucar o outro. Mas não podemos esquecer que temos um laço que vai nos unir por toda essa vida: Nossos filhos. Agradeço à Deus todos os dias pela compreensão de minha ex-mulher. Por ela ter-me permitido ficar com meu filho, sem que fosse preciso o litigio. Ela, que também sempre fora uma boa mãe. Eu e meu filho rezamos e agradecemos todas as noites, por estarmos juntos. Que assim seja, sempre!

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